Sem dúvida nenhuma a civilização que marcou e desenvolveu a Educação Física foi a grega através da sua cultura. Nomes como Sócrates, Platão, Aristóteles, e Hipócrates contribuíram e muito para a Educação Física e a Pedagogia atribuindo conceitos até hoje aceitos na ligação corpo e alma através das atividades corporais e da música.

 “Na música a simplicidade torna a alma sábia; na ginástica dá saúde ao corpo” Sócrates.

É de Platão o conceito de equilíbrio entre corpo, espírito e mente.
Os sistemas metodizados e em grupo, assim como os termos halteres, atleta, ginástica, pentatlo entre outros, são uma herança grega. As atividades sociais e físicas eram uma prática até a velhice lotando os estádios (coliseus) destinados a isso.

A EDUCAÇÃO FÍSICA NO BRASIL
Os índios – No Brasil colônia – Os primeiros habitantes “os índios”, contribuíram de certa forma com os movimentos rústicos naturais tais como nadar, correr atrás da caça, lançar, e o arco e flecha. Na suas tradições incluem-se as danças, entre os jogos incluem-se as lutas, a peteca, a corrida de troncos entre outras que não foram absorvidas pelos colonizadores. Os índios não eram muito fortes e não se adaptavam ao trabalho escravo.
Os negros e a capoeira – Vieram para o Brasil para o trabalho escravo e as fugas para os Quilombos os obrigava a lutar sem armas contra os capitães-do-mato, homens a mando dos senhores de engenho que entravam mato a dentro para recapturar os escravos. Com o instinto natural, os negros descobriram ser o próprio corpo uma arma poderosa e o elemento surpresa. A inspiração veio da observação da briga dos animais e das raízes culturais africanas. O nome capoeira veio do mato onde entrincheiravam-se para treinar.
“Um estranho jogo de corpo dos escravos desferindo coices e marradas, como se fossem verdadeiros animais indomáveis”. São algumas das citações de capitães-do-mato e comandantes de expedições descritas nos poucos alfarrábios que restaram. Rui Barbosa mandou queimar tudo relacionado à escravidão.
Em 1851 a lei de n.º 630 inclui a ginástica nos currículos escolares. Embora Rui Barbosa não quisesse que o povo soubesse da história dos negros, preconizava a obrigatoriedade da Educação Física nas escolas primárias de secundárias praticada 4 vezes por semana durante 30 minutos.
Brasil República – Essa foi uma época onde começou a profissionalização da Educação Física.
As políticas públicas – Até os anos 60 o processo ficou limitado ao desenvolvimento das estruturas organizacionais e administrativas específicas tais como: Divisão de Educação Física e o Conselho Nacional de Desportos.
Os anos 70, marcado pela ditadura militar, a Educação Física era usada, não para fins educativos, mas de propaganda do governo sendo todos os ramos e níveis de ensino voltada para os esportes de alto rendimento.
Nos anos 80 a Educação Física vive uma crise existencial à procura de propósitos voltados à sociedade.    No esporte de alto rendimento a mudança nas estruturas de poder e os incentivos fiscais deram origem aos patrocínios e empresas podendo contratar atletas funcionários fazendo surgir uma boa geração de campeões das equipes Atlântica Boa Vista, Bradesco, Pirelli entre outras.
Nos anos 90 o esporte passa a ser visto como meio de promoção à saúde acessível a todos manifestada de três formas: esporte educação, esporte participação e esporte performance.
A Educação Física finalmente regulamentada é de fato e de direito uma profissão a qual compete mediar e conduzir todo o processo.

Datas Importantes:
1946 – Fundada a Federação Brasileira de Professores de Educação Física.
1950 a 1979 – Andou meio esquecida com poucos e infrutíferos movimentos.
1984 – Apresentado 1º projeto de lei visando a regulamentação da profissão.
1998 – Finalmente a 1º de setembro assinada a lei 9696 regulamentando a profissão com todos os avanços sociais fruto de muitas discussões de base e segmentos interessados.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS:
– Costa, Marcelo Gomes – Ginástica localizada. Ed. Sprint, 2ª edição, R.J.1998.
– Silva N.Pithan Atletismo Ed. Cia Brasil editora 2ª Ed. São Paulo                                                                                 – Steinhilber, Jorge. Profissional de Educação Física Existe? Ed. Sprint, Rio de Janeiro R.J. 1996.
– Sugestão de Literatura do CDOF: Educação Física Progressista – Paulo Ghiraldelli Júnor – Edições Loyola.